Amor cego

Te procuro entre as sombras da paixão

E enquanto não te achar eu não sossego

O teu corpo ao passar da minha mão

Me ilumina, como o braile, o mundo ao cego

Pois te ler é um prazer que eu nunca nego

É como ter para esta vida, uma razão

E dessas noites de saber em que me entrego

Sempre levo uma ou mais outra questão

Então me guia, meu amor, então me guia

Que esta estrada tão silente jaz tão fria

Sem o som da tua voz, sem teu calor

E me alivia, meu amor, ai me alivia

Que viver sem jamais ver a luz do dia

É não saber sentir mais nada além de dor

TrabisDeMentia
Enviado por TrabisDeMentia em 13/03/2007
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