Adeus, Jamais!

Eu sei que vou renascer

Para o curto sonho eterno

Em uma manhã de inverno

Com o sol me extremunçando

Ou talvez me excomungando

Quando o caixão me beber

E ele, o Sol, encataratado

Pela cerração que voa

Como um lençol de garoa

Chorando sobre o banhado

Me fará ver o passado

Como único futuro

E, Deus, Senhor! Eu te juro!

Que ja cansei do escuro

E de mudar tanto de ninho

Mostre-me por qual o caminho

Pelo qual deve andar

Uma estrela sem marca

Na qual apenas embarca

O que aprendeu a amar

E que morre às despedidas

Pra renascer ao voltar.

Aldo Urruth
Enviado por Aldo Urruth em 08/02/2013
Reeditado em 03/03/2013
Código do texto: T4129128
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