Telhado.

Apago a luz do abajur,

expulso as telhas que me cobrem,

abro janelas, portas, vitrôs.

Absorvo o aroma e o azul da noite,

descrevo-te em uma canção de regresso.

Canto a esperança.

Das pedras, calço caminhos.

Dos espinhos, flores.

Construo ramalhetes à tua espera.

Desfaço-me aos teus passos.

Colho lágrimas,

diamantes para endeusar-te.