*AMOR ONTEM, HOJE E SEMPRE

Por Sonia Nogueira

O amor era como o alimento d’alma,
Sonho de ontem, oculto se firmava,
A obediência dormia sob a calma,
Seguia onde a força lhe ordenava.

No escuro da alcova fria, a timidez.
Prole e fartura, destino longo e certo,
Os sonhos morreriam na escassez,
O amor navegava num deserto.

Um dia a porta rija deu passagem,
Os olhos repousaram na procura,
Braços abraçados na coragem,
O mundo assistia vida e ventura,

Amor se libertou cortou correntes,
E fez da comunhão ninho binário,
Duas forças e dois corpos carentes,
Criaram no amor o seu sacrário.

Amor não tem idade, sexo, cor.
Nasce de um olhar, a face queima,
Fogueira interior lareira e calor,
O sonho tresloucado vive, reina.

Amor, semente viva adormecida.
Brota onde a água rega os sonhos,
Sonhos germinando na alvorada,
Bebendo primavera, risos gronhos.

Amor é como verso que renasce,
Cada improviso á mão do escultor,
Cativo doutro olhar canto e prece,
Ontem, Hoje e Sempre é Amor.

Selecionado para antologia da Litteris Editora

Na Revista Varla do Brasil


http://www.varaldobrasil.ch/media/DIR_158701/e6833e6acf0bf888ffff85a3a426365.pdf
 


Sonia Nogueira
Enviado por Sonia Nogueira em 24/02/2013
Reeditado em 25/02/2013
Código do texto: T4157340
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