DESGRAÇA

O soneto que aqui exponho não é de minha autoria, tampouco sei o nome do autor. Numa aula de português, quando eu tinha dezessete anos, meu professor citou-o, dizendo que era de um colega seu do tempo da faculdade. O que acho interessante é que o tal soneto nunca me saiu da memória, mesmo sem jamais eu tê-lo anotado. Bem, aí está o soneto, cujo título é DESGRAÇA. Se alguém souber o nome do autor, faça-lhe justiça, citando-o aqui.

Eu já pude viver muito contente,

Sem dores, sem tormento e sem pesares,

Mas vi-te um dia e, desgraçadamente,

Fiquei logo por ti bebendo os ares

Mas em paga desse amor ingente,

Tu me desprezas, por me desprezares

Tenho sofrido como pouca gente

Mil torturas sem par e mil azares

Apesar dos pesares ainda espero

Que um dia aceitarás o amor sincero

Deste teu tristonho e desgraçado poeta

E se esse nosso amor toma incremento

Se tudo isso termina em casamento

Minha desgraça estará então completa

Egon Werner
Enviado por Egon Werner em 05/03/2013
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