ALGEMAS...
Domado e amordaçado pelo teu carmim
Recuso-me a ousar fugir da doce cela
Tecida com essa carne quente, ardente e bela
Tirada do teu corpo, fidalgo cetim...
E só em cogitar de um dia ser liberto
Deixando de sentir teu beijo e teu calor,
A paranóia vem montada no pavor
Deixando-me a chorar tristonho a céu aberto...
És tudo que eu sonhei, meu dengo...Meu chamego...
Só de pensar em ti diversas vezes chego
A proferir sussurros e emitir fluído...
De um âmago que ama incondicionalmente,
De um coração que pensa em ti constantemente,
De um corpo escravizado e um homem possuído...
(Nizardo)
Poesia registrada.
Xerinho.