TAMBÉM SEI DIZER NÃO

E eu que nunca te esqueci, e nem esquecerei.

A cada arfar do meu peito, te sinto mais forte

em minha vida.

Querida, sofro a ânsia de ver, do amor a che-

gada e da saudade a partida.

Deixei-me enganar. Para os teus defeitos, fi-

quei cego, engoli meu ego, e o meu espelho

já reflete um escombro humano.

E eu que sempre te amei, não posso negar-te

agora; ao me deixares, deixaste, em mim, toda a tua

história.

Ó paixão inglória! A tristeza ausenta-se do teu

lado; quando toca-me o corpo, fico desarmado;

rendo-me antes mesmo de lutar.

Porém, se de mim, o teu olhar se olvidar,

nenhuma gota de desejo irei te ofertar.

Elton Diniz Pacheco
Enviado por Elton Diniz Pacheco em 19/03/2007
Código do texto: T418691