Paixões.

Paixões

São tantas lembranças que a noite me traz embaladas pelo vento

São tantos algozes que caminham na penumbra dos sonhos

Tantos ais, tantas dores, clausura sentimento.

Vida que se esvai pelos caminhos das flores.

Sons que perambulam entre um passo e outro

Que não finda na noite, cala recolhe, molesta sobre a luz da fresta.

Porta entreaberta do meu coração.

São tantas vozes que caminham pelo meu eu incólume.

Percorre meus caminhos e me acorda na noite.

Lampejos de saudade esquecidas em mesas de solidão.

Nãos cortando a carne, ferindo a alma sufocando sonhos.

Verdade explicada pelo gesto como delicadeza de fada.

O que não parece correta sendo justa cada palavra cravada no peito.

Prevalecendo a razão entre divergências do querer em cada um.

São como chuvas de cristais.

Emoções nada mais!

São tantas lembranças, raras explicações.

Que transforma a vida numa tempestade de abandono

Raios que rasgam os céus, brados de desenganos.

Chuva fina que se perde na escuridão da noite, incontidas ilusões.

Rostos que se misturam numa só face, ventos que traz na cauda esquecidas paixões.

Amantino Silva 11/03/2013