Quanto mais vivo e menos tenho a viver, mais sei que não amei.

Do amor tive apenas pistas. De sua existência sinais.

Não fui capaz de amar até hoje. Mas pretendo.

A descoberta do amor me é caríssima. Buscarei.

Suspeito encontra-lo livre. Indomável. Menino pelado correndo na chuva.

Do lado de fora da prisão do meu desejo? Talvez escondido em um sonho bom. Ou guardado no espaço pequeno no meio de um abraço largo, bem dado.

Ou seria no milagre do mistério da troca mais improvável de olhares, acendendo duas almas que explodem constelações para dentro do estômago. No arrepio da pele que se defende antes de se entregar?

Não me cansarei jamais de procurar.
 

Marcorelo
Enviado por Marcorelo em 16/03/2013
Reeditado em 16/03/2013
Código do texto: T4191057
Classificação de conteúdo: seguro