O amor me escolheu

O Cupido, a cegas, acertou uma flecha que transpassou minha alma; meu coração acelerou, o sangue esquentou, a respiração ofegou e a visão se apagou. A paixão nasceu.

Senti-me como um vulcão a se desfazer em larvas, para em chamas, desafiar a calma. Quis levantá-la no colo, enchê-la de beijos, carícias e abraços; e ao seu ouvido, baixinho, sussurrar com ternura: amo você, mulher da minha vida, doce amada. A emoção cresceu.

É coisa de pele, de cheiro e olhar. Amar é indecifrável, inexplicável, simplesmente adorável. A paixão me fez desfrutar a sublime sensação de sonhar acordado, de ter a certeza que o sopro da vida - com esse imenso amor - foi prolongado. A fé reacendeu.

Não escolhi amar, o amor me escolheu. Recebi de presente olhos brilhantes e profundos, um lindo sorriso, os lábios mais doces e a pele mais macia do mundo. Com o amor, degustei a ambrosia ao lado de uma deusa em forma de mulher. Minha alma gêmea, meu tesouro reluzente foi Deus quem enviou do paraíso seu.

Robson Alves Costa

(16/03/2013)