O que não se pode explicar
A sua proximidade,
ou mesmo o simples ato de passar perto de mim,
provoca sintomas intensos e
avassaladores em todo o meu corpo, e
não sei explicar o quanto, nem porque.
Sinto uma mudança brusca na minha frequência respiratória,
enquanto meu coração
parece querer saltar nos seus braços.
Fico sem apetite, perco a concentração,
a memória e o sono,
enquanto os seus feromônios acabam comigo,
__e tantas vezes já te disse do teu cheiro bom__
me deixando de joelhos, arrebatado, a seus pés.
Não me refiro a seu delicioso perfume,
mas ao inebriante cheiro de sua pele
que me enlouquece os sentidos, que
rouba a minh’alma, e me deixa faminto de você.
Amo a sua voz, a sua boca, seu riso, seu visgo...
o jeito doce e tenso quando me olhas,
sem saber o quanto me inspiras.
De você fiz canção, fiz soneto,
rima e poesia,
de você fiz o quebra cabeça de uma grande paixão,
dessas tão quentes que seu calor sufoca,
como um braseiro aquecendo uma noite fria.
De você fiz uma tristeza que não se contem,
e uma alegria que não se asfixia.