O que não se pode explicar

A sua proximidade,

ou mesmo o simples ato de passar perto de mim,

provoca sintomas intensos e

avassaladores em todo o meu corpo, e

não sei explicar o quanto, nem porque.

Sinto uma mudança brusca na minha frequência respiratória,

enquanto meu coração

parece querer saltar nos seus braços.

Fico sem apetite, perco a concentração,

a memória e o sono,

enquanto os seus feromônios acabam comigo,

__e tantas vezes já te disse do teu cheiro bom__

me deixando de joelhos, arrebatado, a seus pés.

Não me refiro a seu delicioso perfume,

mas ao inebriante cheiro de sua pele

que me enlouquece os sentidos, que

rouba a minh’alma, e me deixa faminto de você.

Amo a sua voz, a sua boca, seu riso, seu visgo...

o jeito doce e tenso quando me olhas,

sem saber o quanto me inspiras.

De você fiz canção, fiz soneto,

rima e poesia,

de você fiz o quebra cabeça de uma grande paixão,

dessas tão quentes que seu calor sufoca,

como um braseiro aquecendo uma noite fria.

De você fiz uma tristeza que não se contem,

e uma alegria que não se asfixia.

Erminio Rezende
Enviado por Erminio Rezende em 26/03/2013
Reeditado em 26/03/2013
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