Estreito Sentir

Enquanto o vento

Cobre as calçadas de nostalgia,

E o silêncio toma conta das cordas,

Vejo-a surgindo da neblina densa,

De tua falta o pranto amanhece!

Aos poucos, o céu tinge-se em purpurina,

O mar bate nas rochas ecoando por gotas

Ascendo à chama pelo olhar, pelo decantar

Das nuvens abrindo-se ao luar... Amar!

No instante há um cântico escorrendo

Pela face, rumando ao estreito, ao sonho

Despontando em suspiros, ais a paixão,

Beijos ao equinócio de outono... Essência!

Moda piano canção de amor

Ao corpo sob penumbra, alumia coração,

Lágrima crescente... Canta ventre gentil!

Roda rodopia... Doce madrugada!

Ah, madrugada dos elos e sussurros

Voeja pela pele alva azulada, nua desnuda,

Ah, solitude da brisa... Ah, que saudade!

27/03/2013

Porto Alegre - RS