Estoico - (Fé que não se abala)
Abra os olhos para mim,
Se acaso eu te magoar.
Perdoe-me d’alma (sim),
Pois, inda verei passar
O mal que nos acorre agora,
Que tanto a faz prantear!
Isto é apenas arrancada, creia...
Um repentino terror a arreliar,
Tormenta que o dia sombreia,
Torpor que a noite não faz cessar,
Que teima ficar (só por ora),
Em breve irá debandar!
Quem cuida disso é o Divino,
Que não se cansa de espreitar,
A cólera do meu destino,
Que deu de nos estorvar.
D'Ele um aceno e estará fora,
Para nunca mais retornar!