Estoico - (Fé que não se abala)

Abra os olhos para mim,

Se acaso eu te magoar.

Perdoe-me d’alma (sim),

Pois, inda verei passar

O mal que nos acorre agora,

Que tanto a faz prantear!

Isto é apenas arrancada, creia...

Um repentino terror a arreliar,

Tormenta que o dia sombreia,

Torpor que a noite não faz cessar,

Que teima ficar (só por ora),

Em breve irá debandar!

Quem cuida disso é o Divino,

Que não se cansa de espreitar,

A cólera do meu destino,

Que deu de nos estorvar.

D'Ele um aceno e estará fora,

Para nunca mais retornar!

Eustáquio Leite
Enviado por Eustáquio Leite em 01/04/2013
Reeditado em 23/12/2013
Código do texto: T4218260
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