Uma vez amei um pássaro louco

Uma vez amei um pássaro louco

Um rouxinol mudo como a morte

Que chegou inesperado uma noite

E injetou sangue em minhas veias

Cresci nas entranhas da loucura

Deste amor prostituto e sagrado

Sem ouvir a doce canção

De Heloísa para Abelardo

Plantei no campo desolado

De nosso improvável amor

A minha vida e a minha morte

Colho os frutos, nascem sem vida

- Nesta silenciosa guerra

Duram apenas o instante eterno

Rodolfo Kowalski
Enviado por Rodolfo Kowalski em 11/04/2013
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