Permita

Permita que o silêncio da minha ausência,

nesses dias,

soe como uma certa presença em você.

A distância não permite que eu te toque,

ou que me olhe,

mas permita meu tatear no seu interior

e me olhe com os olhos fechados...

É como escutar a canção preferida.

E quando for de noite, no seu quarto,

não sinta frio, permita que eu cubra

seus pensamentos.

E nesse desalento adormecerá

calmamente como criança

após um longo dia de travessuras...

sem culpa,

sem preocupações...

Pura,

livre...leve, pluma... durma! Em pazzzzzzzzzzzzzzzz...

Se longe estão meus braços,

apenas abra a gaveta da nostalgia

e tire de lá um momento nosso qualquer...

Com certeza, essa lembrança vai te abraçar,

vai afagar seus cabelos

te fazer cafuné.

Ah! Como já foi dito: O amor é abstrato.

E o meu por você esta abstraido,

diluído,

vivo,

circulando nas minhas veias

impulsionado pelos batimentos cardíacos

que são estimulados pelo que sinto por você.

Agora, meu amor, meu corpo

está ausente...

Mas permita, sempre, que meu espírito

se faça presente

no invólucro que cerca o seu.

Vavá Borges
Enviado por Vavá Borges em 25/03/2007
Código do texto: T425098