Permita
Permita que o silêncio da minha ausência,
nesses dias,
soe como uma certa presença em você.
A distância não permite que eu te toque,
ou que me olhe,
mas permita meu tatear no seu interior
e me olhe com os olhos fechados...
É como escutar a canção preferida.
E quando for de noite, no seu quarto,
não sinta frio, permita que eu cubra
seus pensamentos.
E nesse desalento adormecerá
calmamente como criança
após um longo dia de travessuras...
sem culpa,
sem preocupações...
Pura,
livre...leve, pluma... durma! Em pazzzzzzzzzzzzzzzz...
Se longe estão meus braços,
apenas abra a gaveta da nostalgia
e tire de lá um momento nosso qualquer...
Com certeza, essa lembrança vai te abraçar,
vai afagar seus cabelos
te fazer cafuné.
Ah! Como já foi dito: O amor é abstrato.
E o meu por você esta abstraido,
diluído,
vivo,
circulando nas minhas veias
impulsionado pelos batimentos cardíacos
que são estimulados pelo que sinto por você.
Agora, meu amor, meu corpo
está ausente...
Mas permita, sempre, que meu espírito
se faça presente
no invólucro que cerca o seu.