TUDO QUE EU SEI

Façamos um trato:

Deixe-me cair nos vãos dessa esperança, que dos estilhaços às asas eu me descobrirei que não quebro.

Apenas celebro um luto geográfico traduzido pelo medo encorajado após o laudo da solidão, que outrora me periciou, e agora te desenha!

Ser-te resenha, escrever-te em mim - desmoronar meus orgulhos, até que dos escombros de minha senzala emocional, surja a forma de teu império.

Posto que o mistério enfim findou e se meu eu tiver que ser sem mim, então que seja ao teu lado.

Tatuado no traslado que só desiste de viajar, ao achar nosso elo latente.

Pois o amor que me obriga a abrigar-me em ti, precisa ser assim:

um bando adoçado de lucidez incoerente...

reticente a cada reinventada convicção.

Um furacão de vento breve,

Toneladas de lágrimas em riso leve...

Descrito no anonimato do que nenhum peito existente, jamais sentiu, ouviu ou sente!

Igual a tudo que difere de suas próprias aparências...

Negado pelas evidências - firme qual a implosão que o edifica...

Que cada vez que foge muito mais nos unifica...

Tão forte e tão covarde - exatamente como a gente!

Porque eu nunca saberei o que dizer...

Enquanto tudo que eu souber dizer...

É que eu amo você!

Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 21/04/2013
Reeditado em 12/04/2022
Código do texto: T4251370
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