E foi mesmo assim...

Desde de menina sonhava com uma vida adulta feliz...

Sonhava em ter um marido amoroso, filhos educados

Um cachorro e um gato, uma arvore no quintal cheia de pássaros...

Pensava como seria eu a beira da pia da cozinha, marido chegando e me abraçando

Dizendo que sou linda e me beijando eu sorria...

Meus olhos brilhavam em saber que um dia isso aconteceria...

E que ia ser tão magico quanto na minha imaginação... eu viajava... e sonhava... e voava.

Ia tão alto que dormia e tudo parecia real, até o nascimento dos filhos...

E quando eu acordava, pensava, foi um sonho, de novo apenas um sonho.

Levantava, me olhava no espelho, e de 14 me imaginava com 18, e pensava como eu seria, e o que eu faria, como reagiria com a chegada desse amos.

E os 18 chegaram, e ele chegou com os 18, e eu não dei muita atenção no princípio, pensei “ o que ele há de querer comigo?”, e ele insistiu, me procurou, e decidimos que ficaríamos, mas não bolamos planos, e eu fui ficando, passaram dias, e eu o ajudando, meses e eu o completando, anos e eu o servindo... até que uma pedra topamos no caminho.

Nos afastamos, nos desiludimos, criamos sentimentos opostos aos que estávamos acostumados a sentir dentro da gente, algo como dor misturado com raiva e amor e medo de perder... e assim se passaram mais 2 meses, um longe do outro.

E quando decidi que ia seguir em frente, ele volta, chora, e me abraça, e me beija, e me ama, e jura que tudo seria diferente, e que dependia de mim o futuro da gente.

E eu, eu não via a hora de escutar todas aquelas coisas, de poder gritar pro mundo que enfim ele reconheceu que era com nos dois que aconteceria o nosso futuro. E que eu não conseguia mais viver longe dele, e que todas as minhas noites foram vazias de sentimento frias e tristes.

E nos casamos, tivemos um filho, lindo, um anjo, um pedacinho do amor que nos sentíamos um pelo outro, talvez o único pedaço de amor...

Dei pra ele o melhor de mim, e tive em troca do meu amor, novas noites vazias, frias, tristes, solitárias noites, com ele tão perto de mim e ao mesmo tempo tão longe...

E se passaram anos, lutas, brigas, conquistas, muito mais conquistas do que derrotas, mas um vazio ficou...

Um vazio de um carinho...

Um vazio de um ombro amigo...

Um vazio de companheirismo...

Um vazio que trouce dor... O vazio do amor.

Nathalye Machado
Enviado por Nathalye Machado em 23/04/2013
Código do texto: T4255952
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.