O AMOR DESCRITO
O amor já descrito em poesias
é tão antítese de si, e contrário,
mas tão dado e voluntário
como o fluir das doces melodias.
Mas são melodias tão ritmadas
que levam mexer os pé e a dançar,
faz-nos sentir sobre as camadas
atômicas que voejam pelo ar.
Falo do amor como de um encanto,
que tomado ficamos pela magia
que faz-nos rir e causa muito pranto,
e enche de gozo a alma vazia.
O amor que é por uma mulher
é tão diferente do amor fraterno,
embora igual em tudo que quer,
embora esquenta o frio no inverno.
Ele não é tão de si abnegado
como se faz com os necessitados,
o amor de tudo que de si foi dado,
quer de volta, em troca, os beijos dados.
Também ele é bem possessivo,
quem diz o contrário é mentiroso,
porque tem ciúme ardente e vivo,
mas mesmo assim é saboroso.
(YEHORAM)