VIROTICAMENTE AMOR(autodivã)

O amor não avisa quando vem

Ele simplesmente se achega de surpresa

Alastra-se como um vírus contagioso

Já instalado ele não se sabe ficar calado

Reclama o ser amado o tempo todo

De um jeito desenfreado, quase alado

E mesmo sem ter consciência e coerência

É taxativo, não quer saber de abstinência

Quer apenas ser alvo, são e salvo, não quer pingos

Nem respingos, nem trocados, nem migalhas

Só ambiciona a saciedade de sua carência que aumenta

De forma desenfreada, pois o amor é mais que faminto

Ele é um buraco sem fundo, é o vácuo do infinito espaço....

Perdido entre o silêncio e o barulho da dúvida de ser

ou não de fato amado.

Zaymond Zarondy
Enviado por Zaymond Zarondy em 30/04/2013
Reeditado em 10/03/2019
Código do texto: T4267019
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