ah se tu quisesse

Amo-te silênciado como um condenado

preso em cárcera privado

amo-te mudo, desnudo do amor maculado

pois amo-te com o supremo amor-fraterno-atado.

mas atado em minh’alma também amor carnal consome

Inconsolado grita em desejo o teu nome.

Mas não ouves, e não sei porquê.

E é em vão clamor, que me ponho a sofrer.

Pois antes que tivesse-a aos braços meus,

Suspirando e gemendo em calor,

Na doçura de tuas víceras entranhar o meu odor.

E da tua face gerar alegria,

Um doce sorriso, veludoso sino com aroma de flor.

Que soasse em únisson a bater do meu amor...

Isaías de Souza Pádua
Enviado por Isaías de Souza Pádua em 28/03/2007
Reeditado em 28/03/2007
Código do texto: T428573