Difícil Decifrar o Amor...

Difícil querer decifrar o amor...

Há quem ame, e depois desame.

Numa velocidade de raio.

Mas, será isso amor?

Há quem passe a vida toda amando,

Sem nem sequer ser amado, também.

Pessoas assim devem ter paciência de Jó.

Há também quem diga não amar, nunca.

Mas que liga o tempo todo

E jura ser só preocupação momentânea.

Gente assim deveria estudar muito

Acerca do que realmente é amor.

Há quem se encante, e case logo.

Porém, seis meses depois...

Olhe pela janela, numa noite de chuva fina,

E se pergunte se realmente era amor...

E se recorde de momentos vividos,

Momentos sonhados a dois.

Por um “dois” tão distante...

Que passou a ser só saudade.

Há pessoas que amam a beleza.

E creem ser o belo o amor de verdade.

Muito errado esse pensamento.

A beleza se vai

Junto aos “banhos da vida”.

E o que fica é o amor, quando há.

Há quem ame pelo sexo.

Pelos cabelos desgrenhados e suados,

Depois de uma noite louca.

Não confunda sexo com amor.

Não confunda, por favor!

O sexo fervilha e impulsiona.

O amor acalma e encanta.

As pessoas deveriam uni-los.

Verdadeiramente.

As pessoas deveriam querer amar o amor.

E não somente “encher a boca”

Num famoso “eu te amo, querido!”.

Deveriam amar sem vergonha.

Deveriam sentir de verdade

A magia que faz as borboletas

Baterem asas no estômago.

E quando se ama, elas batem!

É certeza...

As pessoas buscam no amor

O sustento, a todo custo.

Fazem dele, negócio.

Moeda de troca barata.

Pisam-no, sapateiam.

Como tapete de patchwork.

Depois de muito pisotear,

Põem para o cachorro dormir.

Há quem diga que o amor

Está na doação.

Sinceramente, creio que esteja

Na multiplicação.

Quando se multiplica, tem-se mais.

E vai-se ganhando sorrisos,

Que preenchem qualquer vazio.

Difícil querer entender o amor.

Mais difícil que “um mais um”.

Mais difícil que decifrar

O voo das borboletas

Lá na boca do estômago.

Mais difícil que esta poesia.

E muito mais que todos os caminhos

Que ele, o quê que move o mundo,

Faz toda vez que brota

No fundinho do fundinho

Daquela criatura estranha,

Lá da esquina, lá da rua...

Você também não acha?

HELOISA ARMANNI
Enviado por HELOISA ARMANNI em 19/05/2013
Código do texto: T4298119
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