QUE POSSO AINDA...

Que posso ainda dizer para ti
Se todos os vocábulos já usei
Se emiti risos, gemidos e prantos
Na lascívia que contigo vivenciei.

Que posso ainda marcar em teu peito
Se todos os sinais de teu corpo alcunhei
São traços de uma vida devotada
Ao homem que sempre desejei.

Que posso ainda viver
Se todas as emoções contigo  partilhei
São momentos eternizados
Do amor que sempre te devotei.

Porque posso ainda chorar
Se todas as lágrimas derramei
São dores de eternas saudades
Do homem que sempre me dediquei.

Que posso ainda ser para ti
Se tudo em tua vida representei
Fui tua amiga e companheira constante
Tua cúmplice e tua amante.

Que posso ainda fazer por ti
Se até minha vida já te entreguei
Renunciei a todas as chances
Para que não esquecesses que sempre te amei.

Se nada disto causou-te certeza
Como crer que o rio deságua no mar
Se é verdade este curso é natural
Maior verdade é meu prazer de te amar.


 

Maria Luiza D Errico Nieto
Enviado por Maria Luiza D Errico Nieto em 30/03/2007
Reeditado em 24/07/2023
Código do texto: T431841
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