"SUPLÍCIO DE UMA SAUDADE"

Poema oração;

“Suplício de uma saudade”

(escrito por Janil Lopes Corrêa - jlc - jan)

Deus, meu!

Ajoelhado aos teus pés,

Imploro por Tua bondade infinita:

Ajuda-me Senhor!

Indiscriminadamente, sempre atendeste

Aos apelos de pobres e de ricos.

Por isso venho suplicar-Te:

Tem piedade de nós, Senhor!

Dono do sim e do não, eu creio nisso,

Não negarás a este pobre sofredor,

O pedido, o apelo que Te faço agora:

Rogo-Te, Senhor,

Pela alma de minha mulher amada,

Que a morte tão cruel e prematura,

Arrebatou-a de mim, para sempre,

Deixando esta dor profunda em meu coração,

Que parece não ter cura, nunca, desespera-me,

Arroja-me aos teus pés, na busca de conforto,

Pois não suporto mais a dor dessa perda irreparável!

Dá-me, Senhor, o consolo de que tanto necessito,

Acalma esse coração destroçado que implora!

Já não consigo mais dormir, só penso nela

E quando consigo, parece que estou acordado,

Vejo-a linda, doce e meiga, como era,

Vindo, diáfana, em minha direção,

Com os braços abertos, como se quisesse apertar-me,

Aninhar-me, entre eles, como fazia antes.

Confesso-Te: Estou cansado, Senhor, de só poder sonhar com ela,

Sem sequer poder tocá-la com as pontas dos meus dedos,

Enlouquecerei, tenho certeza, se minha vida continuar assim!

Quando estou acordado, vejo-a em toda parte,

Tentando alcançá-la, falar-lhe, sigo-a como um alucinado!

Por isso, por favor, Te imploro, mais uma vez, a definitiva:

Acaba, Senhor, com esse martírio, essa loucura,

A saudade que sinto dela, me entristece, me deprime, desespera-me,

Já não tenho mais sossego, minha vontade de viver acabou!

Dá-me a paz que necessito Senhor!

Estou cansado de viver sem o amor da minha vida!

Recordá-la, me faz chorar dia e noite,

Noite e dia, sem parar!

Não consigo mais viver, sem ela!

Já não suporto mais este sofrimento que me consome!

Para mim, nada mais interessa!

A depressão aumenta a cada instante,

Invadiu-me e tomou conta de todo o meu ser,

Atormenta-me, tira-me a força de viver!

O sol já não brilha mais, como antes.

Sinto-me condenado a viver só, nessa penumbra,

Sem minha amada, totalmente abandonado

Aqui nesse catre, que escolhi como morada.

Crê Senhor, é sofrimento demais,

Para um ser frágil como o humano!

Por isso, volto a implorar-Te:

Perdoa-me! Tem piedade de nós, nos ajuda!

Traze-a de volta para sempre ou leva-me para o seu lado,

Acaba de vez, com o suplício dessa saudade que nunca se acaba!

Mata-me, Senhor, ou ensina-me a viver sem ela!

jlc
Enviado por jlc em 01/06/2013
Reeditado em 08/10/2013
Código do texto: T4320029
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