Eu sou palavras

Eu espalho meias palavras,

Inteiras em sua frase comedida

Sinceras em sua loucura final

Mudo a rota, caio nas curvas

Flutuo na escuridão

E planto sementes de algodão

Para beber a água salgada

Que jorra dos poros estreitos

Da minha razão

Minhas insanidades

Se confundem com meus olhos

E todos os abismos

São gritos dos meus horizontes

Eu espalho meias palavras

Quebradas em verdades inteiras

sem frases, sem rimas, sem beiras

Sem palavras inteiras

Rita Marangon
Enviado por Rita Marangon em 02/06/2013
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