A ausência presente

Bem que a gente podia...

de novo rimar nossos beijos;

de novo e de novo

repreender a distância

que nos atrelam os lábios;

bem que podia soterrar

os olhos com a proximidade

dos nossos rostos,

e magnificar a falta de ar.

A gente podia, de novo,

desenfrear os impulsos de

quando estamos a rastejar

sob pluma e vontade.

Claro, a gente podia...

E bem que a gente podia...