SUBMISSA

ELE CHEGA. UM ABRAÇO, UM BEIJO,

SUSSURRANDO DIZ QUE ME AMA.

PEDE A TOALHA, VAI PARA O CHUVEIRO,

OUÇO-O DIZER ALGUMA COISA SEM NEXO.

APÓS O BANHO, GRITA O MEU NOME

E DIZ: VEM, VAMOS FAZER AMOR.

É SEMPRE ASSIM, FAZER AMOR, SEXO,

NADA MAIS LHE IMPORTA.

INCRÍVEL! FAZ DE MIM O QUE BEM QUER.

AH! COMO EU QUERIA O SEU RESPEITO.

ÀS VEZES, ME NEGO AO SEUS CAPRICHOS.

QUEM ELE PENSA QUE É? SERÁ QUE NÃO VÊ?

SOU MULHER, NÃO UM INSTRUMENTO DESCARTÁVEL,

QUE SE USA, ABUSA E JOGA FORA.

AMO-O DEMAIS,

PORÉM, POSSO REFLETIR,

ME CANSAR, ESQUECER O PRAZER, O CONFORTO,

IR EMBORA, VIVER UMA NOVA VIDA,

SEM NADA A LHE EXPLICAR.