PAZ QUE NOS FOI DADA...
Era um tempo de tanta escuridão...
O medo assolava o Templo da Promessa,
havia terror e ódio, dor e exaustação...
Juntos aguardavam um quê ignorado,
mas juntos, sempre ao lado,
Daquela que vestia,
com tanta piedade,
o Manto da Paixão...
Nem três dias se passaram
e lá estavam eles,
sem sono, sem esperança,
mas sempre em prontidão...
A Cova já vazia e eles não sabiam:
ainda, aguardavam a Voz do Coração!
Juntos repartiam seu aperto de mão...
A Sala iluminou-se...
Tomé ali estava.
Dizia querer provas,
pois não acreditava...
As Mãos lhes foram dadas,
para exame e confiança...
Benditos os que não viram,
mas creram na Esperança...
A Paz nos foi trazida:
a Promessa, então, cumprida...
A Presença do Amor,
agora, oferecida!
Por todos recebida
e sempre garantida
a toda multidão...
Jesus não sucumbira,
a morte derrotara...
Vivo Ele estava!
Ele, a Redenção...
Prometeu-nos vida eterna,
sob única condição:
amar a Deus e a todos,
sem ressalva, ou restrição...
O Amor estava vivo
e a Paz, que nos foi dada,
veio de um peito
que a lança massacrara...
Veio da Cabeça
que, também, foi coroada
por espinhos do pecado,
na dor, na solidão...
Venceu o nosso Deus
toda a ingratidão,
mostrando para o mundo,
num exemplo de Amor,
que vale muito mais
o perdão, que a vingança,
que vale muito mais
a Paz do Coração!
(às 10:44 hs do dia 01/04/2007).