... QUILOMBO ...

Estou atada nas correntes do teu corpo

Sou cativa... sigo submissa... meu senhor

À luz do sol, sou estrela invisível, guiando o seu dia

À noite, cachoeira... te banhando em meu suor

Se me tens cativa, na senzala deste teu olhar

Por que o açoite noite adentro, se é teu os meus desejos?

Solta o meu coração... para poder pulsar

E deixa minha boca... te cobrir com beijos

Alforria minha alma desta servidão

Não irei fugir, o meu quilombo está aqui

Sou escrava do meu sentimento e da su'emoção

Corte então essa corrente, para eu te seguir

Só então eu poderei entrar neste teu paraíso

E conhecer cada partícula do seu coração

Me entregar como menina neste teu carinho

E me deixar ser conduzida pelas suas mãos.

SIDNEYA ROSSI
Enviado por SIDNEYA ROSSI em 11/06/2013
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