Não sou alienígena

Quem foi que disse?

Não tem “porque não”!

Seus olhos já são meus...

Eles moram no mar dos meus.

Pode ir por onde for; fique aqui ou bata a porta...

Soltando um palavrão boca a fora.

Faço uma aposta:

Agora já não tem jeito,

Você também é minha dona

E tal posse é intransferível.

Bata na minha cara!

Me xinga de novo!

Arrote as flores que te dei!

Não adianta: Quem foi que disse?

Não tem “porque não”.

Aquela tatuagem no seu peito sou eu.

Desmancha que quero ver arder a dor de pensar em me perder.

Rasgue meu peito!

Minha roupa!

Meu dinheiro!

Minha carta!

Meu coração...

Mas tem jeito não.

Sou de cola!

Não sou alienígena.

Faço parte do seu mundo!

Só saio daqui,

Só saio de órbita,

Só vou pra outro mundo...

...quando me levar dentro da sua nave.

Vavá Borges
Enviado por Vavá Borges em 15/06/2013
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