Náufrago

Estou náufrago de um mar revolto,

Sem forças para me lançar contra a corrente,

embora essa fosse a minha vontade.

Porém, deixo me levar como uma folha morta.

Tenho, ainda a esperança de bater na praia

e mesmo sofrendo as avarias da tempestade,

possa chegar a um ponto seguro.

Por outro lado, tenho plena consciência que

não posso simplesmente me entregar.

É preciso reagir, tomar um rumo

e contar com a ajuda das correntes que

impreterivelmente me levarão para longe

do perigo que ronda este imenso oceano.

É fácil navegar num mar sem agitações.

Porém a tempestade nos faz valorizar a

travessia e vislumbrar, depois dela,

a suavidade da calmaria.

Pedro Douglas Guimarães – 12.06.2013

Pedro Douglas Guimarães
Enviado por Pedro Douglas Guimarães em 18/06/2013
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