FELICIDADE.
Pende, tremula, em frágil ramo,
Qual tristonha flor estiolada,
A felicidade por quem tanto clamo,
Que foi tão fugaz ou quase nada.
Simplesmente, breve lampejo,
E mesmo que tão eletrizante,
Só vibrou em mim como desejo,
Deixando-me ainda mais distante.
Mesmo sendo de afeto um pária,
Murmuro uma prece tão silente,
Para que no novo dia que raia,
Como divina dádiva tão fremente,
Caída a pobre folha ressequida,
Num novo broto desponte a vida.
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(não deixe de ler o poeta Afonso Martini)