FELICIDADE.

 

Pende, tremula, em frágil ramo,

Qual tristonha flor estiolada,

A felicidade por quem tanto clamo,

Que foi tão fugaz ou quase nada.
 

Simplesmente, breve lampejo,

E mesmo que tão eletrizante,

Só vibrou em mim como desejo,

Deixando-me ainda mais distante.
 

Mesmo sendo de afeto um pária,

Murmuro uma prece tão silente,

Para que no novo dia que raia,
 

Como divina dádiva tão fremente,

Caída a pobre folha ressequida,

Num novo broto desponte a vida.

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(não deixe de ler o poeta Afonso Martini)

paulo rego
Enviado por paulo rego em 23/06/2013
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