POR MARES DE OUTRORA
Entre paisagens oblíquas e mal traçadas
eu caminhava
procurando o que acreditava não pudesse encontrar.
Quando achei, supreendi-me,
por no fundo duvidar que isso pudesse existir.
Antes
recebia flores sem cores, beijos sem sabores
e, entre corpos sem odores, preferi deixar de sentir.
Encontrei o que procurava por tal paisagem obliqua,
com cacos sob o pés, olhando mares e marés de outrora.