POR MARES DE OUTRORA

Entre paisagens oblíquas e mal traçadas

eu caminhava

procurando o que acreditava não pudesse encontrar.

Quando achei, supreendi-me,

por no fundo duvidar que isso pudesse existir.

Antes

recebia flores sem cores, beijos sem sabores

e, entre corpos sem odores, preferi deixar de sentir.

Encontrei o que procurava por tal paisagem obliqua,

com cacos sob o pés, olhando mares e marés de outrora.

Flávia Martin
Enviado por Flávia Martin em 03/04/2007
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