SEMENTE DA PAIXÃO

Brigados novamente aqui nós estamos,
sempre presos, nessa eterna escravidão,
quantas vezes, para o outro retornamos,
não cabem, nos dedos de minha mão...

Por seu doentio ciúme, em tapas pegamos,
mas, de uma parte, sempre surgiu o perdão...
E tantas vezes felizes, nos abraçamos,
esquecendo o raio, e também o trovão...

Quantas vezes? Separados, já choramos,
isso acontece, a mais de uma geração...
De separar para sempre...Mil vezes juramos,
nunca cumpriu essa promessa, um coração...

Dormimos separados, mas continuamos,
nem eu nem voce, abandonou o barracão,
é que no fundo, bem trancado, guardamos,
um tesouro, a semente de uma paixão...


GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 26/06/2013
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