NO ÍNTIMO DO SER

Meu coração afoga-se dentro do peito

Em lágrimas derramadas dentro do ser

Minha alma entristecida pode perecer

Sei que de tudo isso não haverá proveito

Olho ao redor em câmara lenta, tudo desfeito

Amontoados de sensações irão permanecer

Sem contar o medo sufocante de não vencer

O emaranhado de sentimento outrora perfeito

As linhas do tempo com precisão irá coser

O sentimento da dor com devido respeito

Para dizer que, para tudo na vida, há jeito

Até o dia em que meu corpo adormecer

Vaga minha alma sem destino ao anoitecer

No lençol das estrelas flutuante está meu ser

Ângela Lugo abril 2013