OLHAR SENIL

Mãos cálidas, rosto rugoso sem osso.

Olhar senil, por traz alma linda juvenil.

Passados, experiências de moço.

Casado com o tempo funil.

Espantam logo cedo o medo do fim.

Dar passos curtos para viver sem pressa.

Olhar o nascer e o por do sol assim.

Andando devagar tremendo a beça.

Amando o presente e o passado somente.

Esmagando a esperança por mais tempo.

Procurando já cansados plantar semente.

Viver o momento sem meio-tempo.

Regar as hortênsias lentamente.

E esperar o tão próximo contratempo.

Stenio Florencio
Enviado por Stenio Florencio em 28/06/2013
Reeditado em 28/06/2013
Código do texto: T4363154
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