Sonhos da alma
A chuva mansa banha o telhado
Tocam-se lábios quentes
Com sabor de pecado
Carícias envolventes
Respiração ofegante
Corpos transpirantes
Em macios lençóis
Corações disparados
Roupas soltas pelo chão
Testemunhas de nós
E em seu corpo
Descanso extasiado
Sentindo o seu calor
Queimando em brasido
E numa súbita dor
Toca o sino
Para realidade me traz
E me Põe em desatino
Sonhos da alma e nada mais.