O tempo não apagou...

Éramos jovens, muito jovens, ela e eu.

Vivíamos sorrindo ao vento.

Livres, como o pensamento.

O importante na minha vida, era ela.

Eu, era a razão da vida dela.

Fui o primeiro homem, na alma, no corpo dela.

Ela, a primeira mulher, minha deusa, minha vida.

Entre nós dois não havia nenhum segredo.

A gente apenas se amava, sem nenhum medo.

Mas a sociedade em que vivíamos, era diferente.

E, aos poucos ela separou a gente.

Morrí, sofri, chorei feito criança.

Mas nunca perdi a esperança.

Eu jurei que um dia ela seria minha, pra sempre.

E seguí vivendo sem um pedaço do coração, ausente.

Tropecei, caí, sacodí a poeira e continuei.

De peito aberto, uma vida dura eu encarei.

O tempo foi passando e eu fui amadurecendo.

Pensando nela, nunca a esquecendo.

Então, num belo dia, ela me apareceu.

E disse-me apenas:

O meu amor por ti, nunca morreu.

Eu, estático, engoli seco.

Então, nos abraçamos...

Nos beijamos...

Choramos... choramos, bem agarradinhos...

Depois, fizemos amor, amor, amor!!!

Da melhor forma possível.

Indescritível.

Hoje, ela senta no meu colo, sorrindo.

Eu, super feliz, estou vivendo.

Nos olhamos, nos olhos, somos felizes.

O passado passou.

O tempo não apagou...

O nosso amor!

Manaus, 21 de julho de 2013.

Marcos Antonio Costa da Silva