Por ela e as rosas

Arranca da rosa o perfume,

Na doce loucura de quem vive.

Lança no vento o teu ciúme;

Porque a dor perfumada… redime.

Venda os olhos ao ser que ama;

Num beijo entrega o teu sabor.

Nem precisas de tê-la na cama,

reconhecerá o seu amor.

Rosas perfeitas… jardim divino.

O leito cravejado de rosas;

Fazendo amor… o mais belo hino.

Corpos navegando ondas formosas.

É nesse éden de rosas brancas,

que o amor se faz em prazer.

Teus gemidos, delírio que cantas…

Beijar teus seios me faz viver.

Quero as rosas na minha vida,

porque amei, suspiro deleitado.

Há ternura na mulher querida,

Sorrindo já deitada a meu lado.

Foi amor há tanto suspirado,

que por muito tempo se perdeu.

Foi destino… esse deus alado,

que a deusa nua, me escondeu.

Contei o tempo que não parou.

Olhava a vida já desvairado.

Foi então que este ser rezou,

quero essa deusa ao meu lado.

Tive ciúmes por muito amar

e por muito amar tive ciúmes…

Fiz meu destino nas ondas do mar,

o odor dos campos, meus perfumes.

Dura luta… verguei o destino.

Fiz nesta diva dos sonhos meus,

a razão de algo puro divino;

Assim… acabei nos braços seus.

António Zumaia
Enviado por António Zumaia em 26/07/2013
Código do texto: T4404782
Classificação de conteúdo: seguro