A verdadeira história do Agente Laranja

“Em um lugar muito distante, havia um grande guerreiro, que era querido e adorado por todos, principalmente por sua coragem, determinação, inteligência, agilidade, força, simpatia e beleza. Como todos têm defeitos, nele não podia faltar, no homem mais dorminhoco da cidade, não. Era o mais destemido dos guerreiros da sua terra. Seu nome? Agente Laranja!”.

O sol raiava belo como em todos os dias

O Planeta Jerimum estava super ansioso

Toda a população estava agitada

O que ia acontecer? Algo grande e majestoso.

Ninguém sequer imaginava

O que estava por vir.

Muito menos o Agente Laranja.

Em seu quarto, só sabia dormir!

[...]

- Nham... nham... São que horas do dia?

Que preguiça de levantar...

O que será que tem pra comer?

Estou com uma fome de matar!.

[...]

Saiu de casa, ainda sonolento...

Se agüentando para não dormir

Se ventasse poderia cair.

Estranhou toda aquela movimentação

Resolveu perguntar o que estava acontecendo

"Ainda não sabe? Não posso acreditar!

Só podia estar dormindo, pra variar!"

"Não posso fazer nada, se minha vida é tão difícil

Preciso de tempo para repor o que perco

Em minhas batalhas tão difíceis e cruéis

Durmo pra ver se um dia

Esses calos saem dos meus pés!"

"Estamos comemorando a chegada de alguém

A Agente Arco-íris está voltando para cá.

Tão bela que impressiona

Meiga e doce como ninguém!"

(Pobre Agente, pobre povo

Mal sabiam que perto dali

Uma guerra estava pra explodir!

No Planeta Repolho Roxo)

[...]

Chegou o momento esperado!

Do céu vinha descendo

Um tipo de nave espacial.

No Agente Laranja, a ansiedade crescendo.

Tinha saudades daquela que na infância

Brincava correndo pelo jardim

Que nos velhos tempos de criança

Tinham energia que parecia sem fm.

Descia da nave, envolta pela fumaça,

Uma silhueta de mulher

O Agente Laranja, pobre coitado...

Começou a fazer “Mal-me-quer, bem-me-quer!”.

Adiantou-se na frente de todos

Quis receber sua velha conhecida!

Ela sorriu, olhando para ele:

“Laranjinha, há quanto tempo!

Pensei que viraria uma desconhecida.”

Cumprimentaram-se, trocando beijos,

Um convite ele propôs, envergonhado:

“Você tem onde se hospedar?

Se não, pode ficar na minha casa.

Não é grande coisa

Mas dá pra suportar”.

“Obrigada pelo convite!

Com certeza estarei lá

Temos muito pra conversar.

Assuntos em dia colocar!”

[...]

Chegaram em casa, conversando bastante.

Uma surpresa lhes esperava na estante.

Uma carta manuscrita sem remetente.

Algo já passava por sua mente.

“Boa tarde, Agente Laranja. Esta carta está sendo enviada do Planeta Repolho Roxo, e é só pra avisar que você não tem muito tempo de vida. Eu mesmo pretendo acabar com você. O mais breve possível. Meu exército está pronto. Será que você tem o seu? Soube que a Agente Arco-íris chegou no seu planeta. Saudações, Agente! Não há chances de sobrevivência. O ataque não será previamente avisado, logicamente. Espera! Ui! Tenho uma festa para ir! Não perco de jeito nenhum! Hum... Acertei uma nova data! Ufa...

Isso não vem ao caso. Em breve vocês não mais existirão! hahahahaha”.

Intrigados eles ficaram

Tinham de salvar suas vidas e seu planeta!

O Planeta Jerimum estava em apuros!

“Arco-Íris! Pegue nossos escudos!”.

Pronunciaram algumas palavras

Um tipo de código secreto

Em suas mãos luvas e espadas

As armaduras completas e armadas!

Concentravam-se apenas na carta

Em cada palavra que lhes foi passada

Não paravam sequer um minuto

Arco-íris apavorada.

Quando menos esperavam

Um estrondo aconteceu

“O que está acontecendo?!

Será que alguém morreu?”

Perguntavam as pessoas

Às ouras que mal sabiam

Responder uma palavra

Medo? Todos tinham.

AGENTE LARANJA! SUA HORA CHEGOU!

NUM POÇO DE TREVAS VOCÊ MERGULHOU!

AGORA NÃO RESTA

NENHUMA SAÍDA!

OU VOCÊ SE ENTREGA

OU PERDE SUA VIDA!

Agente Laranja: “Nunca vou me entregar!

Tenho amor à minha terra!

Tenho amor à minha vida

Sem motivos não travo guerra!”

No instante em que se calou

Outro estrondo aconteceu

Um arco-íris nasceu do nada

A bela Bárbara surpreendeu!

Arco-Íris: “Não vou deixa-lo lutar sozinho

Tenho motivos para batalhar

Minha terra já foi destruída!

Por esse mesmo ser vulgar!

Mesmo com todo esse exército

Nunca irá nos abater

Temos amor e perseverança!

O que nunca irá aparecer

Na sua vida sem esperança!”

QUE BONITO SEU PAPEL

DEFENDENDO A TERRA ALHEIA

NÃO IMORTA O QUE DIGA, ARCO-ÍRIS!

SÓ IRÁ COMER AREIA!

SABEM QUE SOU O REI POR AQUI!

MINHA POSSE JÁ ESTÁ FEITA!

TENTA LUTAR POR QUE NÃO AMA!

NEM UM SOPRO VOCÊ AGUENTA!

TÃO PEQUENA E INÚTIL

POR QUE NÃO VOLTA PRO JARDIM DE INFÂNCIA?

VOCÊ NÃO É ÚTIL AQUI! SUA PRESENÇA?

INSIGNIFICÂNCIA!

Agente Laranja: “Como se atreve a falar assim?!

Por que diz tanta besteira?

Será que não tem outra tática?

A humilhação é a melhor maneira?!

Saiba que pra mim ela importa

E que pode lhe vencer!

Com seus ratos dependentes,

Não irá nos abater!”

Nesse instante uma gritaria

Ecoou pelo lugar

O exército atacava

Matando sem se importar!

O Agente Laranja se enfureceu

Aquela atitude ele não perdoou

Massacrar os inocentes

Tão rápido e insistente!

Sua espada ele girou

A jogou envolta em chamas

O maléfico revidou

Em Arco-Íris penetrou

“NÃOO!” - O Agente gritou.

“Você me paga, infeliz!”

E veloz como um tufão!

Acertou o coração

Do inimigo tão cruel...

Só cumpriu o seu papel!

Ajoelhou-se ao lado da moça

E segurou firme sua mão

Conseguiu roubar-lhe um beijo...

Conseguiu seu coração...

(Allison Norberto)

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