Amor o todo da Poesia

De repente anoitece,

O verso padece, acontece em prantos

Desaguando por pautas invisíveis,

Na verdade lírios de uma lira

Doando-se à brisa adentrando... Oh, divagar!

Na vitrola um vinil enluarado,

Sobre a mesa um castiçal em chamas

Revela em sombras o nascimento do poema,

N’um duo quase eterno a alma,

As palavras descrevendo a pintura!

Em cada quimera tatua-se um castelo

Erguido em sonhos, luzes sensuais

Resplandecendo por beijos e avessos

Além da compreensão, da forma de amar

E colorir de amor o todo da poesia!

A casa não é ilusões,

Mas de versículos singulares, elegias

De uma viva ferida pulsando em paixão,

Pelos elementos dando a vida a tudo,

E ao escarlate do cálice amando pelo coração!

01/08/2013

Porto Alegre - RS