IMORTAL

Sou assim...

Tal, qual o pássaro que plana a tarde, mas não tarda.

Flutuando leve, livre sobre os horizontes.

Inatingível, quando danço sobre as nuvens

No fluir dos sonhos da madrugada.

Na magia do som que me leva ao imaginário

Lembrando o canto posso sentir novamente

O esplendor do encanto, do sentimento,

Que como brisa morna aqueceu-me solidário.

Tal, qual o pássaro que voa livre, desgarrado.

E uma gaiola aprisiona-o, desatento.

Me aprisionaste com teu canto, com teu encanto

E na gaiola fui pássaro encantado, encantando meu amado.

Mas sempre há um certo dia

E nesse dia, de manhã fria. Teu coração criou asas, quis voar.

Abriu a gaiola e disse voe... Voe livre outra vez.

Mas eu já não voava, cambaleava. Embriagada pela loucura de amar.

E eu... Eu tive que cair muitas vezes,

E em muitos dias eu desfaleci... Sem morrer!

Até eu reaprender a voar...

Hoje eu abraço esse universo.

No voar rasante de um entardecer,

Ao afligir-me o pensamento, uma lembrança.

Doce dos teus beijos, do teu desejo, do teu querer.

E mesmo eu sendo um pássaro sem par

Eu amei ser prisioneira desse amor sem igual.

Assim eu fecho os olhos e deixo a lágrima rolar

E então, eu volto a voar...

Porque eu sei...Que acima das nuvens o amor é imortal.

Dhora Prado
Enviado por Dhora Prado em 15/08/2013
Código do texto: T4436448
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