TEMPESTADE

Como um raio sem piedade desaba.
Pouco importa estragos danos prejuízos.
Fere machuca faz doer parecendo bandido
Atirando flechas como se fosse inimigo.

Essa terrível tempestade acontece
Inundando o grande rio chamado coração,
Com os seus afluentes amizade, dedicação, sonho,
Ilusão, paixão, sexo, e loucuras tempestuosas.

Mesmo assim, nada impede o amor
Continuar celebrando nas noites que lhe convir,
Enquanto a tempestade não chegar.
Com certeza haverá solução piedosa.

Como se a criatura desistisse da luta,
Vêm reflexões intensas para fazer
Um pouco do muito que a dita merece.
Capacidade de espera é próprio do seu eu.

A tempestade não marca hora invade.
Seus afluentes entram em desespero.
Algo normal nas misturas acontecem.
Vento vendaval abrem crateras dificultando
Oxigenação saudável sufoca o desenrolar iniciado.

Dúvidas, mau entendimento ocorre em certas horas.
Palpita coração nas incertezas das pronúncias.
Sangue agitado torna a pele rubra com emoções.
Ali mesmo tudo acontece satisfazendo dias sem junção.
Deslumbra-se a característica do começo maturo.

Nessa tempestade ouve-se uma voz sussurrar:
Ainda que eu viva cem anos é pouco.
Se alguém me ver sem falar cantar e escrever,
A solução será enterrar imediatamente.

Seguindo-se uma série de pronúncias como:
Só gosto de quem me gosta, só quero quem me quer.
Só aceito quem me aceita, justificativa inerente
Ao caos provocado pela tempestade.
 
Gildete Vieira Sá
Enviado por Gildete Vieira Sá em 02/09/2013
Reeditado em 02/09/2013
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