DESAMOR

Hoje silenciei um amor que jamais ousei duvidar

E fui descosturando uma certeza que de fato iria perder

Enterrando sonhos que jamais deixei de acreditar

Porque nunca fui parte daquilo que não queria esquecer.

Hoje permiti que as lágrimas seguissem seu percurso

porque não haviam motivos para impedir seu trajeto.

Senti um pranto tímido sair devagar no escuro

Para depois desaguar como rio em mar aberto.

Hoje fui vítima de um sentimento antecipado

Propulsor de um amor um tanto inseguro

Que desfez um nó que estava apertado

Sentenciando-me à viver de um lado obscuro.

Hoje quis esconder uma tristeza quase notável

Mas falhei ao confessar minha ilusão promissora

Minha frustração cresceu até torna-se palpável

Nesse momento descobri que não era mais sonhadora.

FLÁVIA PINHEIRO
Enviado por FLÁVIA PINHEIRO em 04/09/2013
Reeditado em 04/09/2013
Código do texto: T4467351
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