Num universo de possibilidades

Em um universo de possibilidades aparece "o humano"

Carente de se auto afirmar neste mar desconhecido

Imerso em treva particular carregado por correntes

Perdido sem destino, sem abrigo, porto ou morada

Em momento não sabido lá no confim do cosmos

Surge algo que lhe aquece, apazigua e conforta

Despertado de noites de intermináveis pesadelos

Abre os olhos diante algo a ofuscar-lhe a visão

De início nada vê, seus olhos apenas lacrimejam

A mão percorre o rosto e lhe enxuga as lagrimas

Sombras difusas bailam diante um ser pasmado

Um ar renovado e adocicado enche os pulmões

Mãos invisíveis massageiam o ser entorpecido

Então pela primeira vez ele contempla a luz

Apenas neste instante desperta na eternidade

Encontra-se agora inserido na "vida real"