PUDESSE CONSEGUIR CONTAR

uma vez prometi minha sinceridade

uma promessa simples e tácita.

sem caneta, sem papel,

bem à maneira clássica.

gritei,

e através dos porões de mim,

rolou de incutir no seu coração.

e de lá não sai,

não quer sair.

não quer deixar de dizer

quanta felicidade quer ter e dar.

quanto amor, quantas asas

seu desejo podesse conseguir contar.

e não prenderia aos números dos dedos,

nem aos anéis que porventura

se aventurariam ali;

é asa pra quem há de vir,

da maneira mais imperfeita que vier...

é algo que não é que nem promessa de fé.

é gostar de fazer-lhe bem à alma;

é gostar de lhe fazer mulher.