QUANDO O AMOR ACONTECE

Caminhei desvairadamente...
Desassimilei o certo e o errado,
O exato e o inexato,
A dúvida e a certeza,
Convivi sempre com a dor,
Desconhecia a alegria,
Alternei bons e maus momentos,
De uma aparente harmonia.
Sonhei com um novo alvorecer,
Com um mundo melhor,
Cantei canções;
“Vem vamos embora que esperar não é saber”,
Senti emoções,
Ao ler e reler os miseráveis e crime e castigo,
Briguei comigo,
Ao mesmo tempo em que sonhava,
Eu era realista,
Criei meu próprio universo,
Cingi o coração de amargura,
Que se danem tudo e todos,
Basta a rotina dos dias,
Basta o principio do fim,
Basta eu de mim.
“Toda ação tem uma reação”,
Senti nas veias o caos da minha decisão,
Chorei sem ter lágrimas,
Gritei como um louco,
“Luz ainda que tardia”,
Eu já não era realista;
Submerso no obscuro da vida,
Sonhava que a paz se fazia presente,
E desejava ser invadido pelo amor.
E foi assim...
Que um intenso prazer,
Um desejo de perdão,
Contagiou o meu ser,
De repente, sonhos, razões, e emoções,
Assimilavam normalmente em meu viver,
De repente, você apareceu,
E mostrou-me,
Com um jeito todo seu,
Que quando o amor acontece,
Não tem como se esconder,
Não me escondi,
Fui (e sou) do amor aprendiz
Deixei o amor acontecer,
Deixei você acontecer,
Não me arrependi.
...Hoje sou feliz.