Degredados, os medos
Quando teu destino
Encontrar o meu
Sejamos coesos,
O mais que pudermos ser...
Que nossas buscas, essas,
Infindas e (im)precisas,
Talhem no nosso peito
A tatuagem do nosso encontro...
Quando teu corpo
Encontrar o meu
Sejamos, ali, só nós,
O mais que aguentemos ser...
Que nosso encontro, profuso,
Ânsia de quem se quer,
Seja o sentir de nossos sentires
A música em nossa sintonia...
E quando nossas vidas
Porventura se separarem
Acatemos o destino, enfim,
O mais felizes que pudermos ser...
(Já) Qu'essas vivências, profanadas,
Vertentes de nossas escolhas,
Viveram, ao menos, e alguma vez
Momentos de glória e plenitude...
E assim, às nossas campas, quem sabe
Um epitáfio à coragem dos nossos atos
(os quais, quando, e se...)
Fizeram de nossas vidas, aquelas,
Muito mais que tolas nuvens
Passageiras, ou estáticas, só,
À espera de um vento, alento
A se dissiparem, no enfim.