Degredados, os medos

Quando teu destino

Encontrar o meu

Sejamos coesos,

O mais que pudermos ser...

Que nossas buscas, essas,

Infindas e (im)precisas,

Talhem no nosso peito

A tatuagem do nosso encontro...

Quando teu corpo

Encontrar o meu

Sejamos, ali, só nós,

O mais que aguentemos ser...

Que nosso encontro, profuso,

Ânsia de quem se quer,

Seja o sentir de nossos sentires

A música em nossa sintonia...

E quando nossas vidas

Porventura se separarem

Acatemos o destino, enfim,

O mais felizes que pudermos ser...

(Já) Qu'essas vivências, profanadas,

Vertentes de nossas escolhas,

Viveram, ao menos, e alguma vez

Momentos de glória e plenitude...

E assim, às nossas campas, quem sabe

Um epitáfio à coragem dos nossos atos

(os quais, quando, e se...)

Fizeram de nossas vidas, aquelas,

Muito mais que tolas nuvens

Passageiras, ou estáticas, só,

À espera de um vento, alento

A se dissiparem, no enfim.

Luzia Avellar
Enviado por Luzia Avellar em 18/09/2013
Reeditado em 19/09/2013
Código do texto: T4487478
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