Pobreza Mnemônica
Países ricos, com obras faraônicas.
Mas esquecem-se da pobreza mnemônica
Que os “imitam” de maneira equitativa,
Ou seja, cresce a pobreza junto com a riqueza.
Pobreza estampada na cara da sociedade
Que as preferem esconder com obras arquitetônicas
Mas esquecem-se da pobreza mnemônica,
Que vem harmônica junto com a riqueza.
Beleza estóica das obras criadas
Mas esquece da penúria
Que estão mais longe do que nunca.
Vivem (os pobres) recônditos, atrás
Das obras arquitetônicas.
A pobreza também é faraônica.
Países ricos, com pobrezas arquitetônicas
Mas esquecem que a pobreza mnemônica,
Que cresce de maneira faraônica.
Nos cantos recônditos de maneira lacônica.
Os pobres estão sempre escondidos
Longe e oprimidos e precitos.
Segregados no seu mundo,
Ajuntados nos seus bairros.
Bairros longes de pontos culturais
Se auto-excluem da sociedade
Pela lonjura da piedade dos outros
E pela lonjura de seus bairros.
Saiam pobres do SEU mundo!(imposto pela burguesia)
Venham para o centro, invadam a urbe!
Mostrem-se e mostrem dignos
De serem mostrados!