AO MEU AMOR

Ao meu amor
Que tudo tenho a entregar
Os meus deleites, minha carência, minha afeição
A minha ausência eu lhe dei
E em todo instante
Me procurei a descrevê-lo simplesmente
Queria tê-lo o que sem dolo há no ausente
E sugerir-me e envidar-me nesse amor
Que fosse algo que já sei jamais podê-lo
O alvitrar-me a relatar sua abstração
Que os beijos fossem tão iguais qual o horizonte
De um Oceano que se perde no infinito
Que o infinito de abraços fossem de cores
Como o amor que se contrai tão de repente
E à retina dos meu olhos assim por vê-lo
A este amor que se padece em exação
Perde-se à ternura que fisgada num espelho
Vem descrevê-la como a noite dum Luar
E juntamente aos seus olhares de sereia
Vou cotejar ao mesmo instante estrela e Mar
Só não queria, se perdesse em desmazelo
E se perdessem à fogosa refração
Que ali vê e não está, mesmo se olhando
Pois a esse amor eu quero dar meu coração!
Se um enfarte adentrasse o meu peito
Como seria a descrevê-lo num adejo
Como seria a indagar tal des-razão?
Ah! Esse amor eu só queria descrevê-lo
Porém, não posso, seu olhar é diferente
E sua graça tão indizível e esmerada
Tal qual me destes, nesta vida não tem não...

Sugestão:

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jairomellis
Enviado por jairomellis em 14/04/2007
Reeditado em 14/04/2007
Código do texto: T449162
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