Silêncios do Amor

Pelo doce carmim dos lábios

Eras e dialetos do íntimo...

Por outros sonetos, raros fragmentos

De um poema nascido para sonhar

E voar em lunares conjunções!

Da brisa a maresia das marés

Fluindo pela lua em fase de magia,

Fantasias esvoaçando entre os tecidos

Juntando-se as pétalas pelo chão,

A constelação cygnus, ais ao fulgor!

Pelas cordas da harpa

O som em introspectivos desejos,

Alentos de uma pele envolta nos cristais

Do pranto sussurrando, d’aura declamando-se

Aos mistérios do outrem, só o amor!

Nas entrelinhas da poesia

Ali, naquele instante, sendo escrita,

Descrita, seduzida ao amanhecer,

Chegando pelas folhas orvalhadas

De quimeras, de versos do inconfesso,

Silêncios confessados ao ato de amar!

23/09/2013

Porto Alegre - RS